quinta-feira, 14 de abril de 2011

A mulher e a Primeira Guerra Mundial !


            Durante o conflito, mais de 20 milhões de soldados foram lutar na Guerra   houve grande escassez (falta) de mão-de-obra nas fábricas, bancos, comércios e em outras atividades. A longa duração do conflito e a necessidade de abastecer os exércitos exigiam que as industrias  trabalhassem o máximo da sua capacidade. Assim,  as mulheres começaram a trabalhar fora de casa na produção de armamentos, munições, conduziam o metrô em Paris, ônibus em Londres, consertavam navios ingleses, trabalhavam nos estaleiros da Marinha alemã, muitas eram eletricistas, mecânicas, encanadoras,  maquinistas, etc...
         A medida que os homens morriam nas trincheiras as mulheres precisavam substituí-los nas atividades do dia-a-dia. As fábricas de munições da Grã-Bretanha, França e Alemanha exigiam, cada vez mais, operários; essa falta de mão-de-obra foi substituída pelas mulheres.
         O aumento do numero de mulheres nas indústrias da Grã-Bretanha foi enorme. Elas totalizavam 60% dos operários nas indústrias de explosivos. A imprensa britânica elogiava a habilidade e o patriotismo das operárias.
         O trabalho feminino passou a ser valorizado, como se pode ver nesta frase, escrita num documento de uma fabrica inglesa de munições. UMA OPERARIA DEDICADA A PRODUÇÃO DE MUNIÇÕES É TÃO IMPORTANTE QUANTO OS SOLDADOS DAS TRINCHEIRAS, E DELA DEPENDE A VIDA DELE”.
         Sobre pressão do patriotismo e da guerra, as operarias das fabricas de munições trabalhavam em turnos de 12 horas, sete dias por semana. Mas como a fabricação de projeteis era essencial para o pais, o governo, pelo menos, zelava por suas operarias: a presença de supervisoras do bem-estar feminino era obrigatória nas áreas de perigo das fabricas de munições e recomendada onde quer que houvesse muitas mulheres trabalhando.
         No fim da guerra, a participação abalara definitivamente a sociedade. Os costumes alteraram-se bastante. Era muito menor agora o numero de mulheres dedicadas apenas ao serviço domestico e ao cuidado dos filhos. O modo de vestir refletia essas mudanças: os vestidos longos foram substituídos pelas saias curtas e começou-se a usar calças compridas.
Tanto na Alemanha quanto na França, as mulheres, alimentavam maiores esperanças de conseguir direito de voto. Na Inglaterra, conseguiram-no. As mulheres tinham dado o primeiro passo para obter uma situação de igualdade com os homens.

Primeira Guerra Mundial


    Os   principais  fatores da primeira guerra  foram:
CONFLITOS IMPERIALISTAS. A Grã-Bretanha foi perdendo a supremacia econômica mundial para o rápido crescimento industrial da Alemanha, o que originou uma intensa rivalidade anglo-germânica. A França, por sua vez, nutria um sentimento de revanche por ter perdido as ricas regiões da Alsácia e da Lorena para Alemanha. As disputas entre a Inglaterra, França  e Alemanha   por colônias na África também contribuíram para esse conflito.
POLÍTICA DE ALIANÇAS. Por meio de acordos econômicos, políticos e militares, dois blocos opostos foram criados: a Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria-Hungria e Itália e a Tríplice Entente, por Rússia, França e Grã-Bretanha. Esse sistema de blocos tornou-se uma bomba-relógio quando as tensões entre os países tornaram-se incontornáveis.
•CORRIDA ARMAMENTISTA. Os anos anteriores  da guerra em 1914 receberam o nome de PAZ ARMADA porque a indústria bélica aumentou consideravelmente os seus recursos, produzindo novas tecnologias para a guerra. Além disso, quase todas as nações européias adotaram o serviço militar obrigatório, incentivando assim o sentimento nacionalista e militarista.
         A Primeira Guerra Mundial foi essencialmente um conflito imperialista, marcando uma época em que a economia e a política tinham se fundido num só movimento. O traço mais importante da guerra foi a sua universalidade, pois ela envolveu países de todos os continentes, que se enfrentaram por objetivos também globais.
          Outra característica dessa guerra foi o seu alto poder de destruição, resultado das novas armas tecnológicas, como o avião, o submarino e o canhão de longo alcance. Com esses inventos, a guerra não matava apenas os soldados, mas a população civil, vitima dos bombardeios aéreos ou submarinos. Milhares de civis morreram também de fome, porque uma das táticas utilizadas pelo inimigo era bloquear os suprimentos que garantiam a sobrevivência da população.

ESTOPIM   DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

            O estopim da 1ª Guerra Mundial foi o assassinato de Francisco Ferdinando herdeiro do trono austríaco e sua esposa na cidade de Sarajevo na Bósnia em 28 de junho de 1914. O autor do crime foi o estudante GAVRILO PRINCIP pertencente à organização secreta UNIDADE ou MORTE, que tinha o apoio do governo da Sérvia ligado ao governo da Rússia. Esse assassinato provocou uma reação militar da Áustria contra a Sérvia.


                                       TRATADO DE VERSALHES

         Após a rendição da Alemanha, realizou-se no Palácio de Versalhes na França uma reunião com 27 países vencedores da 1ª Guerra Mundial. Sob a liderança dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França foi definido o Tratado de Versalhes que impôs duras condições para a derrota da Alemanha:
o    A Alemanha deveria devolver a região da Alsácia-Lorena à França;
o    Entregar quase todos os navios mercantes à marinha da França, Inglaterra e Bélgica;
o    Pagar indenização em dinheiro aos países vencedores;
o    Reduzir o poder militar de seus exércitos;
o    Não podiam ter aviação militar.
O Tratado de Versalhes foi uma grande humilhação para a Alemanha.

ESTADOS UNIDOS NA 1ª GUERRA MUNDIAL

            Em abril de 1917    submarinos alemães atacaram  navios norte-americanos,  isso fez com  que os Estados Unidos entrassem na guerra. Combatendo ao lado da França e da Grã-Bretanha e contando com um poder bélico arrasador, os Estados Unidos contribuíram para quebrar o equilíbrio de forças entre blocos, garantindo a vitória dos aliados e assegurando mercado consumidor para seus produtos industrializados.
            Deste o final do século XIX, a produção industrial norte-americana vinha se ampliando e seu campo de ação econômica estava em expansão em diferentes partes do mundo.  Com a Primeira Guerra Mundial na Europa estimulou ainda mais o crescimento agrícola e industrial.  Conservando-se, a princípio, numa posição de neutralidade, os norte-americanos forneciam seus produtos aos países envolvidos no conflito. Além disso, enquanto as potências européias concentravam-se em seu esforço de guerra, as indústrias norte-americanos aproveitam para ocupar  outros mercados mundiais, na Ásia e na América latina.
            Possuindo aproximadamente a metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros do mundo, os bancos e o governo dos Estados Unidos saíram da Primeira Guerra como credores da Europa arrasada.

                        
 CONSEQUENCIAS DA 1ª GUERRA MUNDIAL : Os combates entre 1914 e 1918 deixaram na Europa mais de 7 milhões de mortos,20 milhões de inválidos e prejuízos materiais incalculáveis.Tais perdas marcaram o início de um processo de declínio da Europa na História Mundial. Essa guerra envolveu 35 países e durou 4 anos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Imperialismo

IMPERIALISMO
Imperialismo é uma palavra que vem de império( dominação, exploração)
Imperialismo é a dominação  quem um país rico exerce sobre a economia e a política de um ou mais países atrasados ou pouco desenvolvidos.
Esta dominação pode ser direta ou indireta.
Quando é direta, o país rico impõe as leis, toma as decisões e até escolhe os governantes do país mais pobre. Ex Iraque (EUA).
Mas, na  maioria dos casos,  a dominação é indireta: as empresas e os bancos do país rico têm tanta força e poder que acabaram controlando toda a vida do país pobre, que fica cheio de dívidas, não pode produzir o que quer, nem tem meios de resolver os problemas do se povo.
Para compreender como surgiu o imperialismo no mundo, precisamos entender primeiro o que é o capitalismo.
Chamamos um país de capitalista quando a maioria das empresas, das fábricas, das lojas, das fazendas pertence a algumas pessoas e não ao povo, ao estado ou ao governo.
Essas empresas produzem mercadorias (alimentos, roupas, livros, etc...) ou prestam serviços (transportes, bancos, lojas, etc..) para ganhar dinheiro, para ter lucros.
Para isso, ela precisa crescer, produzir mais, vender mais e conquistar novos mercados consumidores em outras cidades, outros Estados, outros países e até em continentes inteiros.Nesse esforço de crescimento, as maiores empresas tentam controlar ou até ser donos absolutos do mercado, afastando as  menores da concorrência.
Quando essas enormes empresas têm sucesso em sua intenção, deixa então de existir aquilo que todo mundo diz que é a principal característica do capitalismo, ou seja, a livre concorrência entre as empresas.
O capitalismo entra, então numa fase nova, mais avançada. Ele se espalha pelo mundo e acaba dando origem ao imperialismo.
Imperialismo: saída para os problemas econômicos
O Imperialismo representou uma saída para os problemas econômicos enfrentados pelos países industrializados:
Super produção: a conquista e áreas de influência garantiam mercados para a produção industrial dos países imperialista.
Necessidade de matérias- primas: importantes para manter a produção industrial.Os países imperialista controlavam as religiões produtoras de metais, borracha, algodão e etc...
Necessidade de energia: o petróleo tornou-se uma fonte de energia muito importante como a segunda Revolução Industrial.
O Imperialismo teve motivações políticas e culturais.
Política: os países que disputavam a hegemonia mundial procuravam evitar que os ficassem mais poderosos. Conquistar mais colônias era também uma maneira de impedir a expansão e o fortalecimento doa países rivais.
Cultura: as conquistas alimentavam o orgulho nacionalista da população dos países imperialista. Reforçava o sentimento de que eram superiores aos negros, amarelos e mestiços. Os europeus e os norte-americanos se consideravam representantes da civilização mais avançadas. Assim, deram a si mesmos a “missão civilizadora” no mundo.
O capital financeiro dinheiros, ações e títulos estimulou o imperialismo, ao contrário do capital industrial, pode se deslocar com rapidez de uma região para outra.
Na forma de dinheiro, ou outro tipo de papel, o capital pode trocar de negócio e de país da noite para o dia. O capital industrial, na forma de máquinas, instalações e equipamentos, não tem essa mesma capacidade.
Consequências do Imperialismo
Os países imperialistas construíram estradas, portos e ferrovias. Criaram companhias mineradoras, empresas agropecuárias, escolas, universidades, bibliotecas e centros de pesquisa. Houve muitos investimentos de infra-estrutura nos transportes, comunicações, assistência médica e educacional.
Para as populações africanas e asiáticas, o efeito dessas conquistas foi trágico. A economia de subsistência de muitas comunidades foi destruídas, as pessoas foram seus membros obrigadas a trabalhar para os novos senhores. Tiveram que se especializar na produção de café, algodão, cana-de-açucar, amendoim e óleos vegetais. A monocultura foi violentada. Os dialetos foram substituídos pelas línguas européias. Pessoas africanas e asiáticas passaram a ter nomes europeus. As religiões e os cultos nativos foram considerados apenas crenças, sendo proibidos. Muitos foram convertidos á força ao cristianismo.
Exemplos de conquistas coloniais
França: Marrocos, Argélia, Indochina e Senegal
Bélgica: Congo
Inglaterra: Nigéria, Sudão, Egito, Índia, Austrália, África do Sul, Etc
Estados Unidos: Filipinas
Japão: Coréia
Alemanha: Camarões, África Oriental, Alemã, Sudoeste Africano, alemão e parte da Nova Guiné.
Portugal: Angola, Moçambique
Itália: Somália, Eritréia,ETC...